Médicos do Programa Saúde da Família (PSF) já retornaram aos trabalhos em três cidades alagoanas. Embora a greve em reivindicação de reajuste salarial ainda esteja mantida pela categoria, em Porto Real do Colégio, Taquarana e Coité do Nóia as equipes já foram restabelecidas após acordos específicos com as gestões municipais.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos, Wellington Galvão, as negociações individuais estão transcorrendo independentemente de um acordo geral. “Os médicos têm feito discussões locais em cada prefeitura. Algumas cidades já estão bastante avançadas”, explicou o sindicalista.
Entretanto, em meio à queixa de que estão arcando com 70% das dívidas, os prefeitos se reúnem no fim da tarde desta segunda-feira (18) com a Secretaria de Saúde do Estado para cobrar uma maior participação da gestão estadual, que atualmente, segundo Galvão, arca com R$ 1.600 para cada equipe. “Nós queremos que o Estado arque com um terço do valor total das equipes, já que o PSF é uma responsabilidade de Estado, Município e Governo Federal. Até agora, o Município tem entrado com quase todo o valor”, explica.
A polêmica em torno do reajuste salarial para os médicos ligados ao PSF foi intensificada após o Ministério Público Federal determinar o cumprimento das 40 horas semanais. Os médicos então alegaram que não recebem salário correspondente ao tempo de serviço, de R$ 18 mil, e ameaçaram deixar o Programa para buscar atividades com melhor remuneração. O estopim da mobilização se deu no último 3 de outubro, quando toda a categoria decidiu paralisar as atividades, mantendo 30% da equipe em funcionamento.
FONTE: Gazetaweb - 17/10/2011
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