sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Decisão sobre greve da POLICIA MILITAR é adiada para o dia 15

Os policiais militares decidiram, em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (09), que aguardarão até o próximo dia 15 sobre um posicionamento do Governo do Estado a respeito da pauta de reivindicação apresentada pelas categorias. Esse é o prazo que esperam para ver contemplada a contraproposta discutida hoje, na Segesp, do contrário, deverão fazer greve.

O coronel Ivon Berto, presidente da Caixa Beneficente da Polícia Militar, reforçou a disposição da tropa para um acordo com o Governo do Estado, mas se isso não for possível a paralisaço já é dada como certa. "Se o Poder Executivo não aceitar a nossa contraproposta, vamos paralisar. Essa é a orientação das associações", disse o oficial.

A categoria quer o resíduo de 7% do ano passado para ser aplicado já em abril de 2012, reajuste do subsídio de acordo com a inflação mais ganho real e correção da tabela de progressão por tempo de serviço. A Secretaria Estadual de Gestão Pública (Segesp) vai levar a proposta ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) na quarta-feira, dia 15, às 10h. No mesmo dia, uma nova assembleia deve ser realizada pela categoria que deve decidir se deflagra greve. "Tudo vai depender do que a Segesp nos der de retorno. A possibilidade de aquartelamento está nas mãos do governo", declarou Berto.

Mais de quinhentos policiais acompanharam a assembleia que aconteceu no Clube dos Oficiais, no Trapiche. Atentos aos discursos dos representantes das associações militares, a categoria aprovou, por unanimidade, a proposta apresentada pelas entidades e classe.

E, ainda na manhã desta quinta-feira, os representantes da PM foram recebidos pela secretária de Gestão Pública em exercício Ricarda Calheiros já que o titular da pasta, Alexandre Lages, está em férias.

As discussões não avançaram como os PMs gostariam. Depois de horas de negociação, o impasse continuou. O governo apresentou uma proposta onde se comprometera em pagar o resíduo dos 7% ou o quinquênio parcelado até 2014. Ou seja, ou um ou outro, sendo que a proposta não escolhida teria que ser esquecida pela categoria.

A sugestão do governo foi rejeitada pelo Movimento Unificado. Lideranças alegaram que os militares não abre mão de nenhuma das suas propostas, como explicou o presidente da Associação dos Praças de Alagoas (Aspra), Wagner Simas. Ele disse que a categoria quer aplicação dos 7% integral imediato junto com o IPCA em abril. Sobre o quinquênio, as entidades exigem que o Governo apresente uma nova proposta 'factível e real'.

Após muito debate e posicionamento de alguns líderes militares, Ricarda Calheiros e Rafaela Soares apresentaram uma tabela com a proposta do Governo com relação ao pagamento do que os militares têm por direito. Na proposta, o Governo sinalizou para o pagamento dos 7% de resíduo, de acordo com a Lei 6.824/2007 ou o realinhamento da tabela, ou seja, a correção do quinquênio, onde será estabelecido como será repassado aos militares.

Entretanto, os líderes militares não aceitaram a proposta e apresentaram uma contraproposta em que solicitam o pagamento dos 7% de resíduo de forma imediata em abril deste ano, a correção da tabela parcelada por tempo de serviço até o ano de 2014 e o IPCA com ganho real condicionado ao que o Governo repassar aos outros servidores públicos em abril.

Para o Sargento Marcos Ramalho da Associação dos Bombeiros Militares de Alagoas, a tropa se sente enganada e nessa reunião ficou evidente que o Estado empurra com a barriga um assunto que é de vital importância para os militares.
Fonte: Gazetaweb

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